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A necessidade de alcançar a neutralidade de carbono emergiu como uma prioridade urgente face às crescentes preocupações com as alterações climáticas. Na Europa, esta urgência reflete-se em metas ambiciosas estabelecidas para mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE), comprometendo-se a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A contribuição das empresas para a mitigação das alterações climáticas é vital. Espera-se que as entidades alinhem os seus modelos de negócio com os princípios da neutralidade carbónica, identifiquem a origem das suas emissões, quantifiquem-nas e, simultaneamente, desenvolvam estratégias para evitar, reduzir ou compensar aquelas que se revelem inevitáveis.

As empresas têm um papel crucial na redução das emissões de carbono e na promoção de práticas sustentáveis. O marketing verde surge como uma ferramenta essencial, unindo os valores dos consumidores às estratégias empresariais sustentáveis.

A verdadeira competitividade já não se baseia apenas na produção em massa, mas na capacidade de criar valor a partir de recursos existentes. A economia circular proporciona oportunidades para repensar modelos de negócios, e inovar na forma como utilizamos e reutilizamos os recursos.

UM NOVO PARADIGMA NA GESTÃO DE RESÍDUOS: RESPONSABILIDADE ALARGADA DOS PRODUTORES DE TÊXTEIS
O European Green Deal , juntamente com o Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC), representa um compromisso ambicioso da União Europeia para promover a sustentabilidade e a eficiência ambiental em todas as esferas da economia. No âmbito deste esforço, os têxteis emergem como um setor de destaque, visto ser o quarto setor com maior utilização intensiva de recursos. Como parte do compromisso da UE em direção a uma economia circular, está prevista a obrigatoriedade da recolha de resíduos têxteis a partir de 2025, um passo fundamental rumo a uma transformação mais sustentável e ecológica na indústria têxtil.

A agenda europeia para a transição verde define metas para 2050, e coloca pressão no mercado. Perante o novo quadro legislativo desenhado, CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), as empresas serão obrigadas a reportarem informações sobre os seus impactos a nível ambiental, social, e em fatores de governança. As previsões para os próximos anos mostram que os grandes eixos de ação dos fatores ESG (ambientais, sociais e de governança empresarial) influenciarão os processos de negócio e de inovação das empresas e disseminar-se-ão nas cadeias de valor.

Um grande problema que é uma enorme oportunidade - recuperação de materiais com custos 13x mais baixos que a exploração natural